O menino deve seguir o caminho por onde olham os olhos do homem, enquanto o homem, deve seguir sem cessar os pés do menino.
Olhar,observar.
Entender,ou tentar esse menino perdido na memória e que agora quer novamente sonhar.
Fotografar cada vitória, cada transição de personalidade pelos anos que mudam o menino.
Lembrar. Ao menos sentir que já soube, de cada canto de boca puxado por um sorriso, por um espelho,que é o que o homem vê no menino.
O menino
é que se espelha no homem, e abre os braços para que ao ser abraçado pelo homem, sinta-se completo
ou compreendido ao menos na incompreensibilidade do seu próprio ser.
Pra quem sabe ter, pra quem saber ver um filho,e sentir que o espelho é o desejo do menino, ou a criação do Homem.
[O coração do homem lateja].
O menino anseia.
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O desejo estampa o choro da desilusão.
Que traz em si ao ver o homem, querer no menino, brotar a angústia de ser
mais do que o espelho
já foi capaz de refletir.
O menino, quer os olhos do homem pousados sobre ele, e só!
Quer seguir os olhos do homem, sobre a imensidão dos desejos surdos.
Enquanto o homem chora as suas memórias.
Egoísta.
[Não pensa]
[Não olha]
[E não vê]
A dor de ser menino.