Se não tem remédio
Esse peito descoberto
Essa flor ao céu aberto
Esse cais cheio de amor
Se não tem remédio
Essa ditadura
essa abertura de
amor sem medir mais,
caberá então no peito de outro alguém.
Fará renascer o sol
Em alguma montanha outra
Fará completa essa constelação
Em algum outro céu.
Pois não há rio que não
Chegue no mar
E não há, não há
Outra forma de amar
A não ser com a liberdade
De demonstrar
Um peito cheio de amor.