Sérgio era um marceneiro. Velho, pouca graça e desprovido de habilidades.
Uma sala,dois quartos,uma cozinha,uma porta para a oficina e uma cidade com pouco tamanho, compactavam seu dia em 24 horas.
Tinha um cachorro uma galinha velha e morava em São Geraldo do Baixio.
Dormia muito e buscava prazeres no La Fontaneira frente a esquina do novo Móveis Lar.
Seu sonho era encontrar Margarida,um amor de menina que adorava dançar.
Ele a viu pela primeira vez no mercado,depois no supermercado e depois na venda.
Queria comprar algo para comer.Que fosse duro, firme e que desse pra assar .
Levou pra casa,rasgou a pele gordurosa,e se lambuzou do frango amarelado de gordura e sangue.
As penas do frango,uma a uma em um saco jogado fora.
Ele escondeu a galinha velha na oficina para que não vesse a de-penação na cozinha.
A falta de espaço fez a tal fugir faminta e agoniada.
Batia asa,batia perna pelas ruas sem asfalto,pisava e retorcia o rabo para algum galo se aproximar.
Mesmo pintada,a troca de olhares não aconteceu nem se quer com o açougueiro barrigudo e faminto da rua acima.
Ela piou em uma lágrima aflita,com o bucho cheio de tristeza e fome.
Resolveu cacarejar em cima de um Monte de esperança e voar alto no sonho de uma galinha só.
Inclinou o peito,avistou o sonho e pulou de cocoras,fechando os olhos para a luz do dia.
Ouviu-se canja, ouviu-se gritos, que balbuciavam a morte da agonia.
Já que agora foi-se pelo ponto de fazer caipira,a solidão fechou os olhos do cachorro para o baixio.
Arranhou o telhado escorregando pela telha...silenciosa e aflita,
a carne amarga
de uma galinha velha.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
My little giant Orange tree.
Em um pequeno papel,
escrevo letras miúdas pra você.
e digo que suporto
a inexistência do seu balbuciar em meu ouvido
porque prezo pela nossa eternidade.
Dê uma chance à sorte.
Se preciso for muitas laranjas pra encher um cesto,
E cada ano houver somente 1 estação de colheita,
digo que encho muitos outros.
Para que cada gomo tenha o mais bom gosto:
- O café que vou fazer.
- Para que o seu cheiro perdido entre o vazio e o cheio
instante que vaga na lembrança
traga a sua voz presa,em meu ouvido.
A voz
que levanta.
Relembra-me
A vida,em seus olhos.
Como é lindo esperar o sabor da corrente dos seus olhos ao me mirar.
Vago despertar da humanidade que não colhe sequer uma flor.
Vida corrente que inunda,
Encha!
tragar
tragar
tragar
Meu menino com cheiro de laranja,
As laranjas
Deram frutos.
E os frutos
Plantações.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Clara
Clara adorava tom sobre tom.
Tinha 6 anos de idade e olhos de tâmara.
Uma bochecha linda de ser ver.
Tentava dançar no ritmo,mas ainda não era capaz.
Sorria,só sorria.
Rodava,rodava...
Encantada com a cor amarela do vestido que usava.
Os cabelos nunca ficavam arrumados.
Os chinelos se perdiam mais que estrangeiros.
A companhia mais discreta.
A criança menos quieta.
Clara era a coisa mais linda de se ver.
Em meus braços,é o que calma e esquenta,meu coração.
Clara.
É assim que quero ter você.
Um olhar acalma o meu amor.
Meu amor se chama Clara.
Você é a dona do meu coração.
Tinha 6 anos de idade e olhos de tâmara.
Uma bochecha linda de ser ver.
Tentava dançar no ritmo,mas ainda não era capaz.
Sorria,só sorria.
Rodava,rodava...
Encantada com a cor amarela do vestido que usava.
Os cabelos nunca ficavam arrumados.
Os chinelos se perdiam mais que estrangeiros.
A companhia mais discreta.
A criança menos quieta.
Clara era a coisa mais linda de se ver.
Em meus braços,é o que calma e esquenta,meu coração.
Clara.
É assim que quero ter você.
Um olhar acalma o meu amor.
Meu amor se chama Clara.
Você é a dona do meu coração.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Castelo do Tempo
O meu amor quando me chamou me tomou as maõs,colocou um anel.
Um clarão no céu desse gigante vazio.
Minhas maõs e as tuas,
sentem mais saudade
Quando a estrada da vida
De trem vai partir.
Um clarão no céu desse gigante vazio.
Minhas maõs e as tuas,
sentem mais saudade
Quando a estrada da vida
De trem vai partir.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Balada de Outono.
Olhou pra mim,disse pra esperar.
Fugiu de mim,me liga sem parar.
A voz é parceira,o pulso é grande.
O abraço é vaga para o futuro.
Sei pouco de mim,mas sei que em ti espero conhecer-me.
Fazer de mim um véu de estrelas,quando me casar com você.
Me casar com você,quero.
Pontas dos dedos puxam as cortinas,risos turbulentos prendem o ar.
Turbinas 2 a 2:
Quando eu digo que o oceano é fundo,
abrem-se os porões da saudade;
Puxa essa cortina, abre essa janela!
Que ele manso
Torrente
Vai entrar...
O poema anda moderno,o Amor chegou.
O meu coração tem fios wi-fi
E o poema anda moderno.
Já que minha mente anda abalada pelo amor;
Balada de Outono.
Carmina,est.Poema és;
Amor!
Fugiu de mim,me liga sem parar.
A voz é parceira,o pulso é grande.
O abraço é vaga para o futuro.
Sei pouco de mim,mas sei que em ti espero conhecer-me.
Fazer de mim um véu de estrelas,quando me casar com você.
Me casar com você,quero.
Pontas dos dedos puxam as cortinas,risos turbulentos prendem o ar.
Turbinas 2 a 2:
Quando eu digo que o oceano é fundo,
abrem-se os porões da saudade;
Puxa essa cortina, abre essa janela!
Que ele manso
Torrente
Vai entrar...
O poema anda moderno,o Amor chegou.
O meu coração tem fios wi-fi
E o poema anda moderno.
Já que minha mente anda abalada pelo amor;
Balada de Outono.
Carmina,est.Poema és;
Amor!
quarta-feira, 13 de abril de 2011
O caminhar se espelha no Céu
O menino deve seguir o caminho por onde olham os olhos do homem, enquanto o homem, deve seguir sem cessar os pés do menino.
Olhar,observar.
Entender,ou tentar esse menino perdido na memória e que agora quer novamente sonhar.
Fotografar cada vitória, cada transição de personalidade pelos anos que mudam o menino.
Lembrar. Ao menos sentir que já soube, de cada canto de boca puxado por um sorriso, por um espelho,que é o que o homem vê no menino.
O menino
é que se espelha no homem, e abre os braços para que ao ser abraçado pelo homem, sinta-se completo
ou compreendido ao menos na incompreensibilidade do seu próprio ser.
Pra quem sabe ter, pra quem saber ver um filho,e sentir que o espelho é o desejo do menino, ou a criação do Homem.
[O coração do homem lateja].
O menino anseia.
a a
a a
O desejo estampa o choro da desilusão.
Que traz em si ao ver o homem, querer no menino, brotar a angústia de ser
mais do que o espelho
já foi capaz de refletir.
O menino, quer os olhos do homem pousados sobre ele, e só!
Quer seguir os olhos do homem, sobre a imensidão dos desejos surdos.
Enquanto o homem chora as suas memórias.
Egoísta.
[Não pensa]
[Não olha]
[E não vê]
A dor de ser menino.
Olhar,observar.
Entender,ou tentar esse menino perdido na memória e que agora quer novamente sonhar.
Fotografar cada vitória, cada transição de personalidade pelos anos que mudam o menino.
Lembrar. Ao menos sentir que já soube, de cada canto de boca puxado por um sorriso, por um espelho,que é o que o homem vê no menino.
O menino
é que se espelha no homem, e abre os braços para que ao ser abraçado pelo homem, sinta-se completo
ou compreendido ao menos na incompreensibilidade do seu próprio ser.
Pra quem sabe ter, pra quem saber ver um filho,e sentir que o espelho é o desejo do menino, ou a criação do Homem.
[O coração do homem lateja].
O menino anseia.
a a
a a
O desejo estampa o choro da desilusão.
Que traz em si ao ver o homem, querer no menino, brotar a angústia de ser
mais do que o espelho
já foi capaz de refletir.
O menino, quer os olhos do homem pousados sobre ele, e só!
Quer seguir os olhos do homem, sobre a imensidão dos desejos surdos.
Enquanto o homem chora as suas memórias.
Egoísta.
[Não pensa]
[Não olha]
[E não vê]
A dor de ser menino.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Hug me like a shooting star.
Cante e clareie
O dia, o meu olhar.
Viva e desfaça todo o chão que eu pisar
Que assim quando eu tropeçar
Em um salto de vida
Hei de cair em seu olhar.
Clareia meu salto de vida
Ó salteador.
Como uma estrela
Enlace,brinque,me divirta.
Onde o sol se põe mais tarde que a lua
E a tua
Verdade é a que eu quero ver.
Colecione tudo, e o que resta é fato,
Um rastro, nessa constelação.
Um corpo de estrada.
Como um desenho
Bem feito,
Clareie
E salte.
Abrace-me até quando não tiver mais certeza.
Que a certeza, que eu não tenho
É a mesma que enche meu cálice.
Abrace-me,
Que quero mais é viver.
O dia, o meu olhar.
Viva e desfaça todo o chão que eu pisar
Que assim quando eu tropeçar
Em um salto de vida
Hei de cair em seu olhar.
Clareia meu salto de vida
Ó salteador.
Como uma estrela
Enlace,brinque,me divirta.
Onde o sol se põe mais tarde que a lua
E a tua
Verdade é a que eu quero ver.
Colecione tudo, e o que resta é fato,
Um rastro, nessa constelação.
Um corpo de estrada.
Como um desenho
Bem feito,
Clareie
E salte.
Abrace-me até quando não tiver mais certeza.
Que a certeza, que eu não tenho
É a mesma que enche meu cálice.
Abrace-me,
Que quero mais é viver.
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