O tanto que piava
O peso que calava
O peito que já inchado
Em penas brancas, se explodiu.
O dia em fuga contou pra Terra
Que uma vitória-régia do céu ia chegar.
O pássaro surpreso,
planejou a rota,correndo insano
pôs se a voar.
Voou manso criou asas
E assustado, viu a imensidão.
A bela flor que vinha de marte,
brilhava estrelas e tinha cor.
Olhou por cima a vitória-régia
Linda e colorida desabrochou.
Em cor-viva caiu pairando num rasar bem fundo,se apaixonou.
Vibrou de medo, surpresa flor que este mundo nunca avistou.
O pássaro branco queria roubar a cor,o amor, o fogo olhar.
A terra seca pediu ajuda,
a flor já murcha encostou no chão.
A pena caiu com o grito inconstante do silêncio que o bico inconstante calou.
A flor já murcha encostou farta
Sem Marte, se esconde no pano que cobre todo esse chão.
Secou seu brilho
e repousou fria
nas cores já acinzentadas que queriam descansar.
O pássaro amoleceu o corpo,
Soltou seu bico,
pairou sem pressa e pôs se a chorar.
Fechou os olhos,sem cor e mudo tão triste canto logo piou.
Do céu caia
Aquele brilho,sereno pássaro,sereno amor.
Tua cor, teu canto, teu fim,
Tua pena,
O choro que lava a tua dor.
3 comentários:
You rock!!
mano..
Ah cacete. Vou fechar meu blog mesmo.
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