A nossa visão de consumo muitas
vezes é mascarada pela publicidade abusiva, que entra em nossos lares e dita um
padrão de consumo: no vestir, no falar, e até no comer (entre outros padrões):
Se você não sair todos os dias
livres, não está aproveitando a vida.
Se você não for à melhor boate e,
tomar o drink que está afim, você está desmerecendo o esforço que tem todos os
dias no trabalho.
Exaurimos-nos facilmente.
Tudo tem
que ser consumido, afinal a vida pode acabar a qualquer momento, certo?
Respondo essa pergunta com outra: - Não
estaríamos nós mesmos encurtando-a?
Por que temos que beber até perder o
juízo? Será que é mesmo mais fácil enfrentar o incömodo/dor / dúvida ou o que quer
que esteja dentro de nós e nos faz descontar em ‘work hard,party hard, live hard’?
Beber é gostoso mas tem que ser algo da ordem do sabor.
Estou há três meses sem consumir álcool.
E, conto a vocês que minha vida
melhorou muito. Hoje eu durmo melhor, perdi alguns quilos e
conto que as minhas questões pessoais estão agora à flor da pele.
Sim! Posso
finalmente pensar nelas ao invés de tentar evita-las. Eu consumia no máximo três copos de cerveja em
uma noite.
Muitos podem dizer que eu não bebia
nada, ou até que estou mentindo.
A verdade é que temos que parar de fugir. E parar de esconder-nos atrás de um padrão que não existe! Não somos iguais. Somos diferentes, graças a Deus!
O que estou tirando dessa experiência a cada dia e cada vez mais é que preciso é de mim por completo.
Preciso viver cada coisa que eu considerar importante e me conhecer cada vez mais.
Voltando a questão do consumo, quero
fazer algumas observações finais:
Uma roupa bonita pode te fazer
mais atraente, mais bela, diferente ( que bom que temos essa ferramenta!).
O que ela NÃO pode fazer com você é
apresentar uma ‘máscara’ nova cada vez que você a colocar.
Se for dessa forma você vai se
enganar sempre. Estará sempre precisando de
uma nova coisa a cada momento para ser diferente; Diferente para você mesmo(a), porque o que os
outros reparam em você é o seu sorriso, sua voz e seu jeito de se expressar.
Sua atitude é o segredo. Ter uma
atitude positiva é o segredo.
É você que torna a sua roupa nova, o
seu batom colorido e o seu sapato, novo. Não é comprando cada um desses itens a cada dia
que sair que você vai encantar os outros.
É colorindo eles com o seu astral
que vai conseguir.
Mude, renove-se, mas por dentro! E
não se esconda atrás do consumismo.
Dessa forma você terá dinheiro para
viajar e agradar a si mesmo e aos outros.
É ou não bom presentear alguém que
você goste? (lembrando que essa pessoa pode ser você!)
Para concluir, não prego aqui o fim
do consumo. Só peço atenção ao caminho pelo qual estamos seguindo.
A futilidade está tomando conta do
nosso mundo. Mudanças de paradigmas a todo momento, cada vez mais.
Ostentar é palavra de honra? Valesca popozuda agora é pensadora? São questões a se pensar (se bem que não sei esses dois assuntos merecem ser discutidos - já que ostentar sempre foi 'pecado' e 'Popozuda'... Bom, deixo pra lá).
Vamos aprimorar nossas reflexões, encontrar os outros pessoalmente, instigar discussões que promovam o diálogo e não o monólogo (ouvir o outro sem o headphone interno do julgamento faz parte do 'mente aberta' que aprendemos na escola) e, acima de tudo
fazer o que gostamos.
Cada um tem um papel nesse mundo e,
se você não encontrou o seu (e é como eu), tente se descobrir.
Talvez o que está aí dentro te surpreenda.
A sua melhor companhia, pode e dever
ser você mesmo(a)!
Beije-se no ombro. Ame-se! Ostente o seu 'eu'.
E lembre, você vale muito para muita gente. Muita gente ostenta a sua companhia.
Valorize-se.