segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pro recalque passar longe

A nossa visão de consumo muitas vezes é mascarada pela publicidade abusiva, que entra em nossos lares e dita um padrão de consumo: no vestir, no falar, e até no comer (entre outros padrões):

Se você não sair todos os dias livres, não está aproveitando a vida.
Se você não for à melhor boate e, tomar o drink que está afim, você está desmerecendo o esforço que tem todos os dias no trabalho.
Exaurimos-nos facilmente.
Tudo tem que ser consumido, afinal a vida pode acabar a qualquer momento, certo?

Respondo essa pergunta com outra: - Não estaríamos nós mesmos encurtando-a?

Por que temos que beber até perder o juízo? Será que é mesmo mais fácil enfrentar o incömodo/dor / dúvida ou o que quer que esteja dentro de nós e nos faz descontar em ‘work hard,party hard, live hard’?

Beber é gostoso mas tem que ser algo da ordem do sabor.

Estou há três meses sem consumir álcool.
E, conto a vocês que minha vida melhorou muito. Hoje eu durmo melhor, perdi alguns quilos e conto que as minhas questões pessoais estão agora à flor da pele. 
Sim! Posso finalmente pensar nelas ao invés de tentar evita-las. Eu consumia no máximo três copos de cerveja em uma noite.

Muitos podem dizer que eu não bebia nada, ou até que estou mentindo.

A verdade é que temos que parar de fugir. E parar de esconder-nos atrás de um padrão que não existe! Não somos iguais. Somos diferentes, graças a Deus!

O que estou tirando dessa experiência a cada dia e cada vez mais é que preciso é de mim por completo.

Preciso viver cada coisa que eu considerar importante e me conhecer cada vez mais.

Voltando a questão do consumo, quero fazer algumas observações finais:

Uma roupa bonita pode te fazer mais atraente, mais bela, diferente ( que bom que temos essa ferramenta!).
O que ela NÃO pode fazer com você é apresentar uma ‘máscara’ nova cada vez que você a colocar.

Se for dessa forma você vai se enganar sempre. Estará sempre precisando de uma nova coisa a cada momento para ser diferente; Diferente para você mesmo(a), porque o que os outros reparam em você é o seu sorriso, sua voz e seu jeito de se expressar.

Sua atitude é o segredo. Ter uma atitude positiva é o segredo.
É você que torna a sua roupa nova, o seu batom colorido e o seu sapato, novo. Não  é comprando cada um desses itens a cada dia que sair que você vai encantar os outros. 
É colorindo eles com o seu astral que vai conseguir.

Mude, renove-se, mas por dentro! E não se esconda atrás do consumismo.

Dessa forma você terá dinheiro para viajar e agradar a si mesmo e aos outros.
É ou não bom presentear alguém que você goste? (lembrando que essa pessoa pode ser você!)

Para concluir, não prego aqui o fim do consumo. Só peço atenção ao caminho pelo qual estamos seguindo.
A futilidade está tomando conta do nosso mundo. Mudanças de paradigmas a todo momento, cada vez mais.
Ostentar é palavra de honra? Valesca popozuda agora é pensadora? São questões a se pensar (se bem que não sei esses dois assuntos merecem ser discutidos - já que ostentar sempre foi 'pecado' e 'Popozuda'... Bom, deixo pra lá).

Vamos aprimorar nossas reflexões, encontrar os outros pessoalmente, instigar discussões que promovam o diálogo e não o monólogo (ouvir o outro sem o headphone interno do julgamento faz parte do 'mente aberta' que aprendemos na escola) e, acima de tudo fazer o que gostamos.

Cada um tem um papel nesse mundo e, se você não encontrou o seu (e é como eu), tente se descobrir.
Talvez o que está aí dentro te surpreenda.

A sua melhor companhia, pode e dever ser você mesmo(a)!

Beije-se no ombro. Ame-se! Ostente o seu 'eu'. 
E lembre, você vale muito para muita gente. Muita gente ostenta a sua companhia. 

Valorize-se.

Um comentário:

Anônimo disse...

Texto interessante "isabibica", é bom saber que mesmo tanto tempo sem nos conversar voce continua com uma forma de pensar interessante (suas bases). Saudades dos tempos que conversávamos por horas.