quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Não se mede com a própria régua o emaranhado de tecidos dos outros

É do seio da vida e no meio da terra
Que se suga o desassossego
De estar no ar e respirar
O oxigênio do absurdo.
É dessa fonte
É desse mundo
Que de louco, o absurdo,
Se fez lugar comum.

Violência ou pequenos sustos
Sobrevivência e algum prazer
Que louco neste mundo louco, quer aqui permanecer?
Por isso dentro de um sonho eu fico...
E de sonho em sonho influxo minha realidade.

Um carinho fraternal aqui, uma filantropia ali, servir um pouco acolá, lavar os pés do irmão quando ele precisar mais ali a longe; afinal, coisas que se viam mais e hoje são raras: coisas que raramente se vivem, só mesmo dentro de um sonho.
E daqui a pouco, nesse sonho permanecerei, e os valores e até virtudes serão apenas lendas ou mitos nesse mundo louco.

Mundo tão louco que de tanta régua, medindo tantos ideais, entortou a medida da felicidade.
Felicidade que era até há pouco atrás mais simples que ter.
Era ser, a medida do ser humano.

E nesse mundo louco, com tantos ideais, o sonho é o meu refúgio.
E por sonhar tanto assim,
ainda há quem diga
que a louca, sou eu!

Isabel Gripp Damázio

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